O Crosslinking consiste no uso da riboflavina ( vitamina B2) e da aplicação de raios UVA ( ultra violeta ) para o enrijecimento do tecido corneano e foi descrito pela primeira vez pelo Dr. Theo Seiler, Md, PhD, em Zurique, na Suiça, em 1998

Nesta época buscava-se obter parâmetros reprodutíveis e eficazes de concentração de riboflavina, dosar a potência e tempo de exposição aos raios UVA, além de criar mecanismos eficientes de medida da elasticidade e extensão da córnea.

estrutura da cornea

Este procedimento cria novas ligações entre as fibras do colágeno corneano, “croosedbridged”, reduzindo sua elasticidade e evolução do cone. Os raios UVA atingem a profundidade de até 400µ na córnea anterior e o tempo de exposição é inversamente proporcional à potência do mesmo. Atualmente este tempo de exposição pode varias entre 15 minutos, 30 minutos ou uma hora, dependendo da técnica adotada pelo oftalmologista.

O Crosslinking visa a estabilização da evolução do cone e não a correção refracional como acontece com o Implante do Anel de Ferrara.

É indicado principalmente para pacientes jovens (adolescentes), com ceratocones em estágios inicias, e evolução comprovada da ectasia corneana. Além disto, sua recuperação é mais demorada.

Após o implante dos segmentos de Anel de Ferrara™, onde se observa 85% de estabilização na evolução do ceratocone, o crosslinking só será necessário nestes casos restantes.

Há 02 anos foi desenvolvido pela Universidade de Missouri, Columbia, um estudo que consiste na ingestão de 400mg / dia da riboflavina e exposição aos raios solares por uma hora diária. Este estudo observou uma estabilização da evolução do ceratocone e, em alguns casos, a regressão do mesmo.

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(https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03095235)